Você Está Mesmo Pronto para Franquear sua Marca? Os Riscos de Uma Decisão Precipitada
- rbsconcursos
- 5 de jul.
- 3 min de leitura

Muitos empresários sonham em transformar seus negócios em franquias, mas poucos estão de fato preparados para dar esse passo com segurança.
Na última semana, em uma visita de rotina a um cliente, ouvi dele o desejo de iniciar um processo de franquia de sua marca. Bastaram algumas perguntas estratégicas para que ele mesmo concluísse que ainda não estava pronto para essa jornada. E essa constatação está longe de ser uma exceção.
Franquear exige maturidade empresarial — e isso vai muito além de ter um negócio rentável.
Segundo dados divulgados pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), o número de redes de franquia que encerraram atividades em 2023 cresceu 18,7% em relação ao ano anterior. Um dos principais fatores apontados para o insucesso dessas redes é a ausência de processos testados e estruturados, além da falta de suporte consistente ao franqueado.
A ideia de franquear um modelo de negócio costuma vir da percepção de sucesso local: o empresário acredita que, se deu certo em uma unidade, vai funcionar em qualquer lugar. Mas essa é uma armadilha perigosa. Para franquear, é necessário muito mais do que um bom produto ou serviço.
O que falta a quem deseja franquear prematuramente?
Manualização de processos: É preciso que todos os processos do negócio estejam documentados, padronizados e testados em diferentes contextos. Sem isso, o franqueado não consegue replicar o modelo com fidelidade e qualidade.
Governança e suporte estruturado: Franquia não é apenas “vender um nome”, mas construir uma relação de parceria jurídica, operacional e estratégica com os franqueados. A ausência de suporte pós-venda está entre os maiores fatores de insatisfação dos franqueados.
Viabilidade jurídica e comercial: O contrato de franquia exige, por força da Lei de Franquias (Lei 13.966/2019), a apresentação de uma Circular de Oferta de Franquia (COF) e outros documentos que demonstram a transparência do modelo. Sem essa estruturação, o risco de litígios futuros é alto.
Marca consolidada e protegida: A marca deve estar registrada no INPI e ter uma presença de mercado consolidada. Sem isso, o diferencial competitivo se dilui e a franqueabilidade perde força.
Modelo econômico escalável: Um bom franqueador precisa demonstrar que o negócio pode se manter saudável mesmo com unidades espalhadas em contextos diversos e que a operação gera lucro tanto para a franqueadora quanto para o franqueado.
Franquear sem preparo é um dos caminhos mais rápidos para a frustração empresarial.
Muitos empresários investem tempo e capital na construção de uma rede de franquias, mas acabam prejudicando a imagem da marca e sofrendo com conflitos contratuais, processos judiciais e frustrações de franqueados. Pior: a frustração contamina a reputação da marca, inviabilizando futuras tentativas de expansão.
Por isso, antes de pensar em elaborar um contrato de franquia, é preciso fazer um verdadeiro “check-up empresarial” — jurídico, financeiro, organizacional e estratégico.
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