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Por que muitas empresas quebram? — Parte 1: Três causas invisíveis da falência empresarial

  • Foto do escritor: rbsconcursos
    rbsconcursos
  • 8 de jul.
  • 3 min de leitura
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Abrir uma empresa no Brasil não é fácil. Manter uma empresa viva, menos ainda. Neste artigo falo sobre três causas que levam muitas empresas à falência.


Segundo o Sebrae, mais de 50% das micro e pequenas empresas brasileiras fecham as portas em até cinco anos de atividade. A pesquisa “Sobrevivência de Empresas”, de 2023, mostra que os maiores índices de mortalidade estão no comércio varejista, seguido pelo setor de serviços. E embora muitos apontem a alta carga tributária e a burocracia como culpados, há fatores silenciosos e internos que são determinantes para o fracasso de muitos negócios.


Neste artigo, iniciamos a série “Por que muitas empresas quebram?”, apresentando três das principais causas internas que levam empresas à falência, mesmo quando o produto ou serviço oferecido é bom. Em cada causa analisada, trazemos ao final a "causa da causa" e "suas consequências".


1. Falta de planejamento estratégico

Muitos empreendedores abrem suas empresas sem planejamento formal, sem definir metas realistas, sem estudar concorrência ou entender o comportamento do consumidor. O resultado é que, mesmo com bom faturamento, a empresa não sabe para onde está indo.

Segundo José Dornelas, especialista em empreendedorismo, “a ausência de planejamento é como navegar sem bússola: qualquer vento parece um bom caminho, até que o barco afunda”.

Consequências principais: a ausência de estratégia gera decisões impulsivas, gastos mal alocados, investimentos em canais errados e incapacidade de reagir a crises ou mudanças no mercado.


2. Desorganização financeira e ausência de controle de fluxo de caixa


É comum encontrar empresários que confundem o caixa da empresa com o pessoal, não fazem DRE, não acompanham indicadores ou não sabem quanto a empresa realmente lucra. Isso cria uma falsa sensação de prosperidade.

De acordo com a Serasa Experian, 68,8% das micro e pequenas empresas inadimplentes no Brasil estão com o fluxo de caixa comprometido, muitas vezes por má gestão interna.

Consequências principais: a desorganização financeira leva a atrasos em fornecedores, dívidas bancárias, perda de crédito no mercado e, eventualmente, à impossibilidade de operar com capital de giro.


3. Falta de organização jurídica e societária


Outro erro recorrente é deixar o aspecto jurídico de lado. Contratos mal redigidos, ausência de acordo de sócios, ausência de planejamento tributário, descuido com obrigações trabalhistas e fiscais são problemas graves que geram passivos ocultos e riscos de litígio.

Em artigo publicado na revista Exame, a advogada e professora Ana Lúcia Piccinini afirma: “a ausência de governança e organização jurídica nas pequenas empresas é a raiz de muitos conflitos que levam a disputas judiciais e à quebra”.

Consequências principais: sem um arcabouço jurídico sólido, a empresa se torna vulnerável a processos, multas, bloqueios judiciais e crises internas entre sócios ou investidores.


Conclusão: empresas não quebram só por fatores externos — elas desmoronam por dentro

A falência raramente é um evento isolado. Ela é, na maioria das vezes, o resultado de um acúmulo de erros estratégicos, financeiros e jurídicos, que poderiam ser evitados com suporte técnico qualificado.


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